Santa Catarina tem a menor incidência de brucelose, com "classificação A" concedida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em relação ao grau de risco para a doença. É o único estado brasileiro com essa classificação. O Estado também tem a classificação A para Tuberculose Bovina, com mais outros quatro estados.
No ano passado, o Estado atingiu a marca de 3,5 mil propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose.
A Portaria 44/2020 estabelece a coleta obrigatória de amostras de leite de tanques de refrigeração de todas as propriedades do Estado para a realização de exame da brucelose dos rebanhos lactantes. Até então as coletas para exames em leite eram feitas a cada dois anos, a partir de janeiro de 2025 essa exigência passará a ser anual, reforçando o controle e a segurança alimentar.
Em 2024 foram colhidas amostras de leite de 13.970 propriedades, com 402 amostras positivas para brucelose (2,88%), representando uma redução expressiva em comparação a 2021, quando a taxa positiva para a doença foi de 5,89%. Lembrando que nem todas as propriedades reagentes no leite tornaram-se focos, pois as suspeitas da ocorrência da doença podem ser descartadas quando os bovinos apresentam resultados negativos na investigação sorológica individual.
Nos exames individuais realizados nos animais, o índice de positividade também apresentou queda significativa, passando de 1,36% em 2021 para 0,60% em 2024, o que reflete a eficácia das ações preventivas, de controle, saneamento de focos e de vigilância ativa implementadas ao longo dos anos. Os dados preliminares das amostras e exames foram coletados até novembro 2024.
De acordo com um dos coordenadores da Coordenação Estadual de Erradicação de Brucelose e Tuberculose da Cidasc Fabrício Bernardi, cerca de 540 médicos veterinários estão habilitados pelo Mapa para atuarem em Santa Catarina na realização de exames de diagnóstico de brucelose e tuberculose, e a maioria atuou ao longo do ano, garantindo que o estado mantivesse a baixa prevalência das doenças no rebanho catarinense.
Um balanço divulgado pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) aponta que foram destinados cerca de R$ 15,6 milhões em 2024, sendo mais de 13,2 milhões para indenizações relacionadas ao abate sanitário de 4.935 animais doentes.
Foto: Arquivo SAR
Informações: Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária