Empresário é preso após forjar próprio desaparecimento e morte em São Cristóvão do Sul

Empresário é preso após forjar próprio desaparecimento e morte em São Cristóvão do Sul

No dia 13 de fevereiro, foi registrado o desaparecimento de um empresário em São Cristóvão do Sul. Ele havia sido visto pela última vez por familiares no dia anterior.

Dois dias depois, em 15 de fevereiro, a caminhonete GM/S10 do empresário foi encontrada completamente incendiada no município. No interior do veículo, havia um corpo carbonizado, levando inicialmente à suspeita de que poderia se tratar dele.

Segundo relatório da Polícia Civil, nos primeiros momentos da investigação, surgiram informações de que o empresário enfrentava processos trabalhistas e era acusado de aplicar golpes em clientes de sua empresa, levantando a hipótese de um homicídio por vingança ou acerto de contas.

Contudo, as apurações seguiram outro caminho. Testemunhas relataram ter visto o empresário circulando pela região nos dias seguintes ao suposto desaparecimento, sempre acompanhado de um homem ainda não identificado, e utilizando a própria caminhonete. Algumas pessoas afirmaram ter vendido gasolina e álcool para ele antes da descoberta do corpo carbonizado.

Ainda de acordo com o relatório da Polícia Civil, após a demora na liberação do corpo para reconhecimento por exame de DNA, supostos sequestradores enviaram vídeos a familiares e portais de notícias, mostrando cenas de tortura, incluindo a amputação de um pedaço de dedo do empresário. Na mesma noite, uma garrafa pet contendo o fragmento do dedo e dois dentes foi arremessada contra a residência da namorada dele.

Com esses novos elementos, os investigadores passaram a suspeitar de que o corpo encontrado não pertencia ao empresário. As buscas levaram à identificação de um morador de rua, Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos, desaparecido desde o mesmo período e visto pela última vez em São Cristóvão do Sul. Testemunhas afirmaram que, entre os dias 12 e 13 de fevereiro, o empresário e seu comparsa abordaram diversas pessoas em situação de rua na região de Curitibanos e Santa Cecília.

As investigações avançaram, e a polícia identificou uma unidade de saúde onde o empresário buscou atendimento para suturar o dedo amputado, sendo reconhecido por testemunhas. Pouco depois, seu comparsa foi identificado como um homem que já possuía antecedentes criminais por múltiplos homicídios.

Com base nas informações reunidas, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de ambos e pela busca e apreensão em endereços suspeitos. Na manhã desta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025, com o apoio das equipes de Blumenau e Itajaí, o empresário foi encontrado com vida e preso junto com seu comparsa.

Ambos foram interrogados, mas permaneceram em silêncio. Eles foram encaminhados ao sistema prisional, e as investigações continuam para esclarecer a motivação do crime e se há outras pessoas envolvidas.

 

Com informações  da Polícia  Civil de Santa Catarina 

 

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