O volume de entulhos recolhidos após a enchente de novembro do ano passado em Rio do Sul deve ultrapassar as 12 mil toneladas, superando a quantidade de resíduos gerados pela enchente de 2011. Ambos foram eventos de grande proporção e causaram prejuízos em mais de 50% da área urbana do município.
A inundação no ano passado teve o nível do rio Itajaí-Açu em 13,04 metros, oito centímetros a mais do que o registrado há 12 anos, sendo estas duas das enchentes mais impactantes da história da cidade.
Para o recolhimento de entulhos, a prefeitura de Rio do Sul iniciou ainda durante o período de enchente, uma grande força-tarefa de limpeza. Quase 20 cidades de Santa Catarina enviaram equipamentos e funcionários para ajudar na tarefa, junto com a Secretaria de Obras de Rio do Sul. O trabalho durou em torno de 60 dias, com depósito do material temporariamente em terreno no bairro Canoas, que de lá é enviado para aterro sanitário regularizado na cidade de Araquari e Otacílio Costa.
Para o custeio deste recolhimento e envio de entulhos, a prefeitura buscou junto ao governo federal, apoio através do cadastramento de plano de trabalho, mas sem sucesso até o momento. Desta forma, o valor precisa ser dividido na coleta de lixo convencional do município, cobrada através de taxa, que precisa de contribuição de toda a comunidade. O volume de resíduos domésticos gerados no município em 2023 também subiu, com média de 1.412,7 toneladas por mês, cerca de 6,4% a mais do que no ano anterior.
Segundo o engenheiro sanitarista da prefeitura de Rio do Sul, Emerson Souza, o custo adicional do recolhimento dos entulhos causará impacto em 14% na taxa do lixo cobrada junto ao IPTU em 2024, já que os custos precisam ser quitados. “Todo esse resíduo teve um custo para o município, e por lei, os custos que o município tem com a coleta de lixo e entulhos são de responsabilidade compartilhada”, comenta.