Secretaria de Saúde divulga novo Plano de Contingência para enfrentamento da dengue

Secretaria de Saúde divulga novo Plano de Contingência para enfrentamento da dengue

O Plano de Contingência é fundamental para estabelecer o delineamento necessário para atender situações de emergência relacionadas à circulação desses vírus, com respostas oportunas e adequadas, visando a integralidade das ações da Saúde, bem como o controle dessas doenças. “O documento foi elaborado com várias áreas da pasta ao longo de 2023. Foram feitas discussões, capacitações, encontros e alinhamentos de ações para enfrentamento das arboviroses. São aspectos relacionados à gestão, vigilância epidemiológica, manejo do vetor, vigilância laboratorial, assistência ao paciente e comunicação”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

A secretária de estado da Saúde, Carmen Zanotto, reforça a importância da união dos esforços tanto do poder público quanto da população para prevenção da dengue.“O plano estadual propõe estratégias para a organização das ações em diferentes níveis e serve de modelo para os planos dos municípios infestados. A situação em alguns municípios é mais complexa. O mosquito está adaptado ao clima. Estamos vivendo um período de intenso calor e com chuvas significativas. Isso torna o ambiente propício para a reprodução e proliferação do mosquito e estamos passando pelo período sazonal da doença”, destaca a secretária.

Em Santa Catarina, o Aedes aegypti tem sido detectado em um número cada vez maior de municípios. Em 2023, 239 municípios registraram a presença do mosquito, sendo que 154 foram considerados infestados, o que aumenta o risco de transmissão dessas doenças. 

O Plano
O Plano de Contingência é dividido em três níveis de ativação. O primeiro corresponde a uma situação em que a incidência de casos prováveis de dengue permanece em ascensão por duas semanas consecutivas e em duas regiões de saúde, acima de 50 casos/100 mil habitantes por semana epidemiológica em regiões com até 350 mil habitantes ou acima de 25 casos/100 mil habitantes em regiões com mais de 350 mil habitantes. 

No segundo nível, identificado como um alerta de início de um processo epidêmico, quando a taxa de incidência de dengue permanece em ascensão por mais duas semanas consecutivas em duas regiões de saúde, acima de 100 casos/100 mil habitantes por semana epidemiológica e com notificação de óbito suspeito ou confirmado nesse período.

Enquanto no nível três, a taxa de incidência de casos prováveis de dengue permanece em ascensão por mais duas semanas consecutivas, em duas regiões de saúde, acima de 150 casos/100 mil habitantes e com a confirmação de pelo menos dois óbitos nesse período. 

Para chikungunya e Zika, os níveis  acompanham o aumento da incidência de casos prováveis, em comparação com o mesmo período do ano passado, no primeiro nível. Já no nível dois, aumento de casos em duas regiões de saúde e, no três, com notificação de casos graves ou óbito pelo agravo ou aumento da positividade em gestantes.

Assim, os níveis são crescentes, e conforme o número de casos prováveis, ocorre a passagem para o próximo nível, com a ampliação das atividades a serem realizadas.

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