
Respirar com saúde: a importância dos cuidados precoces e do olhar atento às doenças torácicas
O aumento nos casos de doenças respiratórias e pulmonares tem chamado atenção de especialistas em todo o país. Em tempos em que fatores como poluição do ar, infecções virais e hábitos nocivos afetam diretamente a saúde da população, cresce também a necessidade de informação e conscientização sobre o cuidado preventivo com os pulmões.

No Alpha Medical Center, em Rio do Sul, está localizado o consultório do cirurgião torácico Dr. Luis Hobus, profissional que atua em uma das áreas mais desafiadoras da medicina. Com mais de uma década de formação, o cirurgião torácico passa por um rigoroso processo de especialização, que inclui seis anos de graduação em medicina, seguido por até cinco anos de residência entre cirurgia geral e cirurgia torácica, além de provas teóricas e entrevistas técnicas. “São no mínimo 10 anos de preparo para lidar com órgãos vitais da cavidade torácica e oferecer um atendimento de alta complexidade”, explica o especialista.
A cirurgia torácica abrange uma ampla gama de doenças que afetam a região entre o pescoço e o abdômen, como pulmões, traqueia, costelas, esterno e o mediastino — área onde estão localizados coração, vasos sanguíneos e linfonodos. O profissional é responsável tanto pelo diagnóstico quanto pelas intervenções cirúrgicas em casos de câncer de pulmão, lesões traumáticas, tumores da parede torácica, deformidades ósseas, além de condições como hiperidrose — suor excessivo nas mãos e axilas — que também podem ser tratadas cirurgicamente.

Embora o tabagismo ainda seja a principal causa do câncer de pulmão — representando cerca de 90% dos casos —, outros fatores têm ganhado protagonismo, como a poluição atmosférica e infecções virais severas. “O impacto da Covid-19 nos mostrou o quanto um vírus respiratório pode afetar não apenas a saúde individual, mas o comportamento de uma sociedade inteira. Só quem sente falta de ar entende a importância de respirar com saúde”, ressalta Dr. Hobus.
Além disso, doenças renais, hepáticas e cardíacas também podem refletir em sintomas respiratórios, como o derrame pleural — conhecido popularmente como “água no pulmão” —, o que evidencia a necessidade de uma avaliação integral do paciente. “Nosso organismo é um sistema interligado. Muitas vezes, um problema em outro órgão se manifesta primeiro nos pulmões”, completa.
Diante desse cenário, o alerta é claro: a prevenção ainda é o melhor caminho. Consultas periódicas, exames de imagem e atenção a sinais como tosse persistente, dor no peito, tosse com sangue e alterações em radiografias ou tomografias não devem ser ignorados. “Sintomas de alarme precisam ser investigados o quanto antes. O diagnóstico precoce faz toda a diferença nos resultados dos tratamentos”, enfatiza o médico.
Com a qualidade do ar cada vez mais comprometida em centros urbanos e uma rotina cada vez mais exposta a fatores de risco, a busca por cuidados precoces e especializados se torna essencial. Respirar bem é um direito — e também uma escolha que começa com a prevenção.
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